Depois que escolhi viver a vida na terra seguindo os ensinamentos de Cristo, aprendi também a ver o mundo de outra forma e com outros olhos.
Ontem (06/01) dei-me um tempo para assistir ao filme "Última Parada 174". Baseado em fatos reais o filme contou a fatídica história de um jovem, da morte de sua mãe até a sua própria morte que supostamente ocorreu nas mãos de policiais militares após ele ter promovido o seqüestro com reféns do ônibus da linha 174 na cidade do Rio de Janeiro.
O filme em si tem aquela necessidade de mostrar que os culpados na verdade são vítimas. O de sempre, o ser humano gosta de "passar a bola", ou seja: Não somos responsáveis por nossos atos, somos "levados" a cometê-los, seja por culpa dos nossos pais, da sociedade, do professor da escola ou de quem for. O negócio é por a culpa em alguém.
Mas o fato a ser comentado foi aquele que sempre me chama mais a atenção em tudo, foi a participação de "evangélicos" na trama.
A pessoa que acreditava ser a mãe do rapaz da história, de uma vida entregue as drogas torna-se uma cristã. Até ai está ótimo, porém ela acaba se casando com o "pastor" da igreja e é ai que a questão torna-se curiosa. Em certo momento da história o jovem volta para a sua mãe (?) ao vê-lo em casa o "pastor" mostra a sua esposa qual é sua verdadeira preocupação:
"- Você esta preocupado com o dinheiro da igreja!" Diz a mulher. Recebe um dedo na cara do pastor, que então recebe um "soco" do adolescente que veio tipo que "proteger" a sua mãe.
O pastor então sai de casa, levando consigo apenas o mais importante, a bolsa com o dinheiro da igreja.
Mais a frente na história. Totalmente drogado o jovem vai até a casa do pastor que ao vê-lo pela janela tranca a porta e pega uma arma (um revolver) de dentro do móvel, esconde o dinheiro e fica esperando o rapaz que entra após arrombar a porta. Ele (o jovem) então toma a arma da mão do pastor e sai com ela e com o dinheiro.
Finalizamos a história quando um homem no interior do ônibus vê o jovem armado, desce e avisa a policiais militares que cercam todo o local e após horas de uma nervosa tentativa de negociação terminamos com a morte do rapaz e a morte de uma das reféns.
Algo a se espantar? Não.. É o normal dos dias de hoje muitos podem pensar.
Pra mim é a mostra de uma realidade muito triste.
Fico pensando mais é naquele pastor (a história foi escrita sobre fatos reais), um homem que poderia ter ao menos "tentado" ter feito diferença na vida daquele rapaz. Mas na verdade foi um homem que teve mais amor ao dinheiro, abandonou a sua mulher conforme a conveniência do momento e que tinha uma arma guardada em casa. Seria este um critério recebido por normal para nós que somos Cristãos?
Eu NÃO CONSIGO ASSIMILAR ATÉ HOJE IGREJAS QUE MANTÉM SEGURANÇAS ARMADOS.
-
(Salmos 20:7) - Uns confiam em carros e outros em cavalos, mas nós faremos menção do nome do SENHOR nosso Deus.
-
Os mais apaixonados agora dirão: "Quem somos nós para julgar?"
Vou lhe dizer quem sou, sou um Cristão. Que tem pela lei o direito a andar armado mas que escolhe não fazer uso de tal direito. Que pode fazer o mal, mas escolhe fazer o bem. Que pode "curtir" os prazeres da vida, mas escolhe viver uma vida segundo a palavra de Deus.
Eu hoje vivo por Cristo e vivendo por ele eu escolho a salvação da minha alma.
A arma que era propriedade do pastor, foi o meio que levou o rapaz e uma refém a morte.
O "pastor" pode ter se arrependido? É possivel...
-
(Hebreus 10:26) - Porque, se pecarmos voluntariamente, depois de termos recebido o conhecimento da verdade, já não resta mais sacrifício pelos pecados,
-
É um dos meus versículos referênciais. Me lembro dele sempre que sou tentado ao erro e glorifico a Deus por cada vitória.
Prosperidade pra mim é resistir as tentações da carne.
Reflita muito nas suas atitudes meu irmão ou meu amigo "pastor". A arma que você guarda em seu coração pode ceifar a vida de muitas pessoas.
Marcus VP Moreira
10:00 - 07 de janeiro de 2011
Nenhum comentário:
Postar um comentário